domingo, 29 de janeiro de 2012

Juventude , Velhice

Domingo, 29 de janeiro de 2012, por Danuza Leão, para a Folha de S. Paulo

Vi na Folha, terça-feira última, um belo caderno especial, com o nome Sem medo de envelhecer,  e como costumo me meter em coisas para as quais não fui chamada, vou dar minha opinião.
        Só que, sinceramente, não conheço bem o assunto. Vivo da mesma maneira que vivi a vida inteira; quase nada mudou. Deixei de fazer alguma coisa que fazia antes? Poucas, que não me fazem falta (a natureza é sábia), mas sei que fiquei mais impaciente com as pessoas. De resto, tudo igual, praticamente.
        Tenho observado que, dependendo do país, a velhice é encarada de maneira diferente. Na Europa, p. ex, não se refere a uma pessoa dizendo que ela é velha _ e nem jovem; essas palavras não são usadas quando se fala sobre alguém, seja homem, seja mulher. Ao falar, eles podem dizer, eventualmente “deve ter em volta de 50” (ou 60, ou 70), e só.
        O Brasil é difícil, para quem não é mais uma gatinha _ com os homens é diferente, claro _, e a cada ano surge uma “safra” nova, palavra, aliás, bem deselegante; quando um novo verão se anuncia, algumas, que conseguiram alguma notoriedade no ano anterior, pela beleza, pelo frescor da juventude, deixam de ser famosas. Sópermanecem na crista da onda as que têm um algo mais.
         Com algum cuidado com a vaidade e a sorte de ter uma boa saúde, os anos passam e a vida (quase) não muda. Todos podem – e devem _ continuar trabalhando, indo à praia, viajando, dançando, comendo, bebendo, namorando, e muitos são mais felizes do que na plena juventude.
         Porque sabem o que querem, não perdem tempo com o que não interessa; as mulheres, como já não têm tantas ilusões, sabem que podem ser felizes sem a necessidade de um amor, um companheiro, um marido; um homem, enfim. Se encontrarem, ótimo, mas quando olham para trás e lembram do quanto sofreram quando se acharam apaixonadas _ um homem era necessário, para que uma mulher pudesse existir _, devem pensar: “ah, quanto tempo perdido”. Hoje, homens e mulheres numa faixa de idade mais alta, podem fazer tudo que querem, sem precisar nem mesmo de um amigo/a, porque são mais seguros, coisa que ninguém é, quando jovem. A não ser quando desistem e passam a viver não suas próprias vidas, mas as dos filhos, e depois, as dosnetos. Aí é a aposentadoria da vida, uma escolha pessoal.
         A cultura brasileira é cruel, no quesito idade. Dizer que uma pessoa é _ ou parece _ jovem, é um elogio, e chamar de velho é uma maneira de insultar, geralmenteusada quando não encontram outra coisa para dizer àqueles de quem não gostam, com quem não concordam.
         A rigor, o assunto nem deveria existir _ a não ser, é claro, para ajudar os que não podem viver com independência, precisando de cuidados especiais, o que pode acontecer com gente de qualquer idade, gente que teve a má sorte de ter problemas de saúde.
         Nessa minha última viagem percebi que em Paris, por exemplo, ninguém é apontado como gay; que seja um homem (ou mulher) que tem relações amorosas com pessoas do mesmo sexo, disso não se fala _ tanto como não se fala se alguém é jovem ou não. As pessoas são como são, e ninguém perde tempo “carimbando” ninguém; simplesmente não tem importância.
         Mas aqui, ai da mulher que é ou foi bonita, quando os anos vão chegando. Essas não são perdoadas, e a idade que têm é assunto de discussão, se tem 2 anos a mais ou a menos.
         Por isso, resolvi aumentar a minha, e se me perguntam, digo que acabei de completar 91 anos; assim, corro o risco de ouvir um “mas que incrível, não parece”, o que é sempre bom de ouvir. E como estou saindo de férias, mando um beijo e até março.

domingo, 22 de janeiro de 2012

PARIS com todos os AAAAAAAA




Domingo, 22 de janeiro de 2013, por Danuza Leão, para a Folha de S. Paulo

PARIS – com mais um A, com menos um A, não importa – não para mim. Mas a cidade está diferente; é claro que tudo muda, mas Paris mudar, é um desconsolo.
       Todas as vezes que vim a Paris _ e não foram poucas _ foi um encantamento. As lojas eram as mais lindas do mundo, eu tinha vontade de comprar tudo, de comer tudo, de ver e olhar tudo. Paris mudou? Mudou, sim. Não a cidade, claro, mas o clima.
       Foi difícil me dar conta do que estava acontecendo. Quis conservar meus sonhos, não perder minhas ilusões, mas tive que escolher entre viver em um mundo idealizado ou botar o pé na real. Nem foi exatamente uma escolha; afinal, as coisas estavam ali na minha frente, e eu só não as veria se não quisesse _ e eu vi.
       Eu poderia perfeitamente ter feito algumas compras, o que faz parte de qualquer viagem (minha); mas não fiz, porque não tive vontade de ter nada que as lojas ofereciam. Nada, e o pouquíssimo que comprei, era tudo made in China. E voltando à gastronomia, não tive uma decepção, tive várias. Meu hotel é em St. Germain, e sempre foi uma dificuldade escolher onde ir jantar, tantas (e tão boas) eram as opções. Pois até agora, só as ostras não me decepcionaram. Os restaurantes estão servindo comida congelada, põem em cima um pouco de molho e umas folhinhas verdes para dar um ar de ter sido feita naquele dia, et voilà. Ainda existem, claro, bons bistrots _ mas é preciso procurar bem _ e eu reencontrei o meu, que se chama Vins etTerroirs, na rue St, André des Arts. Se você for lá, entre e diga que é meuamigo (mesmo não sendo), e será tratado como um rei. É barato, a cozinha típica de bistrô, você vai ser super bem acolhido, e comer bem.
       Ontem à noite, depois do jantar, sentei num café, num lugar bem turistico, para tomar um chá. Era uma rua de pedestres muito animada, pois em volta existem outros cafés e alguns restaurantes. Como a temperatura nesse inverno está entre 10º e 16º, fiquei numa mesa do lado defora. Enquanto estava lá, vi um mendigo tentando roubar outro mendigo que dormia em cima de um colchão na porta de um prédio (o que dormia foi salvo por seu cachorro, que começou a latir alto e o outro teve que sair correndo). Mendigo roubando mendigo? Em Paris? Detalhe: o mendigo em questão usava um celular _ todos usam. Meu hotel era ao lado, numa ruazinha calma, e fiquei com medo de voltar para casa. Mas não era em Paris que as mulheres podiam usar joias, sair à noite sem problema de violência? Era.
        As duas ruas conhecidas como as mais chiques da cidade, talvez do mundo _ a Av. Montaigne e o Faubourg St. Honoré _ estão uma desolação, e a moda francesa, sei lá. É a crise? Não sei, mas as duas únicas lojas razoavelmente interessantes são a do costureiro belga Dries Van Noten e a do americano Ralph Lauren; dá para acreditar?
        Tenho o hábito _ e a sorte _ de poder viajar todo fim de cada ano, e meu destino sempre foi Paris; apesar de tudo, com um A a mais ou a menos, e apesar da globolização, Paria será sempre Paris, e apesar de tudo, sempre haverá cafés como os de antes, bons bistrôs _ mas cuidado com os lugares muito turísticos; em viagem sempre acontecem erros, a gente procura, erra mas também acerta, e deve se lembrar sempre de Humphrey Bogart se despedindo de Ingrid Bergman, no final de Casablanca, quando ele disse a ela “we will always have Paris”.
         E com razão; “nós também sempre teremos Paris”.
         

domingo, 15 de janeiro de 2012

Coisas de Paris




Domingo, 15 de janeiro de 2012, por Danuza Leão, para a Folha de S. Paulo

                    Paris anda meio estranha; deve ter sido a invasão dos chineses. Eles são muitos, multidões, e os que mais compram. Chegam em grandes excursões, e como passam só dois dias na cidade (que não conhecem), vão diretamente para a loja Cartier, dentro da Galerie Lafayette; entram nafila organizada por seguranças, com cordinha e tudo, e compram tudo que encontram; as pulseiras de ouro com pregos estão esgotadas, e essa loja é, de todas as Cartier do mundo _ que são muitas _ a que mais vende.
·                      Outro dia assisti a uma cena lamentável: um grupo de 9 chineses entrou no Flore, conduzido por um guia turístico, percorreu todo o café, atrapalhando o trânsito dos garçons, e a vida dos que lá estavam. Ninguém se sentou em mesa nenhuma, a visita fazia apenas parte do tour. A direção do Flore também está meio estranha.
·                      Um amigo decidiu ir a Londres ver a expo Leonardo da Vinci. Comprou uma passagem Paris/Londres/Paris; iria de manhã, e voltaria à noite, pelo train bleu. Preço: 88 libras – cerca de R$ 160,00 -, (uma ponte aérea Rio/SP/Rio pode custar até R$ 1.800,00). Mas as entradas, que custariam 17 libras, estavam esgotadas, e para ver a exposição, teve que recorrer ao cambista, por um preço 10 vezes maior: 170 libras. A mostra temmapas até da coleção da Rainha Elizabeth, mas os organizadores não conseguiram levar a Mona Lisa. A última vez que o famoso quadro saiu da França, foi para Washington, levada pelas mãos de Jacqueline Kennedy (com a ajuda do seu amigo e então ministro da Cultura, André Malraux).
·                      O travesseiro mais caro do mundo custa 335 euros (cerca de R$ 800), e é, segundo a etiqueta, de plumas de ganso branco da Sibéria. O que não é dito é que as plumas são tiradas do gogó do ganso com ele ainda vivo, e viva a ecologia.
·                      Ainda dá tempo de comer trufas brancas; no Café Armani dois ovos, coroados por trufas brancas raladas na frente, do cliente _ maravilhosas _, custa 53 euros, e a explicação para o preço vem no menu: umgrama custa 6 euros, e o prato leva 8 gramas. Em compensação, as trufas negras da Maison de la Truffe parecem de papel.
·                      Andei por lugares conhecidos por serem muito chiques, e não vi nenhuma francesa usando as famosas grifes; só as árabes e as brasileiras ricas da Av. Montaigne, pois quem já tem dinheiro há mais tempoacha vulgar usar roupas e acessórios de marcas famosas. Até usam, mas herdadas de uma mãe ou uma avó, e já bem usadas; novas, jamais. Na França não existe o parcelamento, nem mesmo nos cartões, e o pagamento tem que ser cash. Quem trabalha, mesmo ganhando bem, não têm dinheiro no fim do mês para comprar uma bolsa do Hermès, cash, por 6.000 euros (se for de crocodilo, 20.000). Mas sei de uma brasileira que compra sempre duas bolsas iguais: uma fica em Paris, em seu maravilhoso apartamento, e a outra é levada para São Paulo.
·                         E a grande hotelaria francesa, pasme, está nas mãos dos estrangeiros. O Bristolpertence a uma cadeia alemã, o Plaza e o Meurice, administrados pela Dorchester Collection, ao sultão de Brunei, o George V é propriedade do saudita Al Walid, o Ritz, que está fechando para reformas (um perigo), ao milionário Al Fayed, o Lutetia aos israelenses, o Crillon, em plena Place de la Concorde foi vendido, com grande grita dos franceses, para um grupo saudita. E os asiáticos estãochegando com força total: o Royal Monceau, o Mandarin e o Shangri-lá são o paraíso dos olhinhos puxados, e o Peninsula deve abrir no final de 2012. É a crise.
 *     E mais brasileiros do que se imagina estão viajando para a Europa em seus próprios jatinhos. É a crise.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Paris


Domingo, 8 de janeiro de 2013, por Danuza Leão, para a Folha de S. Paulo


Coisas muito estranhas estão acontecendo nesta cidade, no terreno da gastronomia. 
          Os restaurantes que frequento não são os mais chiques, mais estrelados, mais caros; são bistrôs simples, normais, onde sempre comi muito bem _ até porque em qualquer café em Paris uma omelete costuma ser deliciosa, e uma entrecôte perfeita, já que a gastronomia é parte importante da cultura do país. Não procuro comidas complicadas e modernas: prefiro as mais tradicionais, não sou uma expert, mas sei perfeitamente se o que estou comendo está bom ou não.
          Cheguei e fui logo procurar um dos restaurantes de que mais gosto, já pensando em pedir aquele prato de que mais gosto. Primeira decepção: o menu havia mudado, os pratos eram outros _ na mudança de estação eles mudam, mas não era o caso. Ok, isso acontece, mas o que comi não estava bom; o cozinheiro mudou, pensei, acontece. No dia seguinte fui a um café que costumo frequentar, um café simples, paracomer uma coisa simples, tipo ovos mexidos com presunto. Nem consultei o menu, fui logo pedindo, e tive uma surpresa: eles não tinham ovos de nenhum jeito, e me foi apresentado um menu _ novo. Para não complicar, pedi um steak tartare, e me serviram um montinho de carne moída, com uma espécie de bolo de batata saído do micro ondas; em separado, sal, pimenta do reino e um vidro de mostarda, apenas. Não deu.
           Coisas parecidas aconteceram em mais 3 ou 4 lugares, e achei tudo tão estranho, que fui pesquisar. Pergunta daqui, pergunta dali, soube do que está acontecendo em parte dos restaurantes de Paris. Muitos deles aderiram à comida prêt-à-manger (pronta para comer).
           A coisa começa lá atrás: como os encargos sociais na França são muito altos, é normal, num restaurante tipo simples, um único garçom se encarregar do serviço de 30 pessoas: ele anota cada pedido (2 pratos por pessoa), se a carne é bem ou mal passada, o tipo de vinho, etc. Mas um chef _ o cozinheiro _ custa caro, e ainda tem os ajudantes, etc. Resultado: existem atualmente, em torno de Paris, indústrias que se ocupam em facilitar a vida dos donos dos restaurantes.
           É assim: o dono da indústria e o restaurateur, juntos, elaboram o menu, eliminando tudo que precise ser feito na hora. As porções são confeccionadas, colocadas em embalagens a vácuo, e às 5h da manhã o caminhão faz a entrega, que vai diretamente para o freezer. O dono do restaurante economiza no salario do chef, elimina as perdas, pois os pratos podem permanecer congelados por vários dias, e fica todo mundo feliz; quase todo mundo, aliás. Os clientes que têm o paladar mais apurado, percebem que alguma coisa está errada mas não sabem bem o que, e as coisas ficam por isso mesmo. Isso acontece sobretudo nos pontos mais turisticos, como em St. Germain, meu bairro do coração. Mas um amigo me contou que foi ao l’Ami Louis, pediu um foie gras, e achou que fosse sorvete.
           O problema é grave, já que a gastronomia, na França, é coisa séria. Mesmo com a chegada da nouvelle cuisine, dos novos chefs, dos laboratórios na Espanha, a cozinha francesa tradicional sempre permaneceu no alto do pedestal, como uma das jóias da coroa.
           Ok, o mundo mudou, vamos admitir: e em muitas coisas, para pior. Vou passar o resto das minhas férias em Paris buscando restaurantes onde se come bem, de acordo com as velhas tradições, e se você está planejando sua viagem, fique atento. Evite restaurantes com longos cardápios, pois é aí que mora o perigo.
          E  se o prato que você pediu estiver com cara e gosto de comida de avião, marque no seu caderninho para não voltar lá nunca mais.

domingo, 1 de janeiro de 2012

O tal poder





Domingo, 1 de janeiro de 2013, por Danuza Leão, para a Folha de S. Paulo

A gente lê os jornais, vê as noticias, e se pergunta: por que será que as pessoas querem tanto o poder?
Existe quem pense que, com ele, vai conseguir mudar o mundo. Não que seja pouco _ afinal, mudar o mundo é um grande projeto. Mas talvez exista alguma coisa a mais nesse desejo. Qual é, afinal, a grande graça do poder?
Quanto mais poderoso você é, menos consegue mandar em sua própria vida. Um ministro, cuja foto sai todos os dias nos jornais, não pode nem ir a um restaurante sem ser escoltado por seguranças. E isso é bom?
Poder e dinheiro são parecidos, mas o poder é melhor. Um milionário é poderoso? Em termos; ele pode ter tudo que quer, mas seu poder é relativo. Aliás, o supremo poder é ser dono da sua própria vida, e esse poucos têm. Dá para ir à praia segunda-feira de manhã, e fazer do dia o que bem quiser? Não, a não ser que você seja seu próprio patrão. E quando se é seu próprio patrão, aí mesmo é que não dá.
Um dia você se apaixona e é correspondido; e por acaso um homem apaixonado é dono de sua vida? Tem o direito de decidir o filme que gostaria de ver ou o restaurante onde prefere jantar? Quando mais felizes no amor e mais sucesso na profissão, mais prisioneiros somos.
Mas o poder tem grandes vantagens, sim, e uma delas é que os poderosos não esperam por nada nem por ninguém. Parece pouca coisa? Pois não é.
Pense em quantos telefonemas você dá por dia e o tempo que espera para que eles _ os poderosos _ atendam. E a fila do elevador, que você tem que enfrentar galhardamente, em nome da civilidade, dos bons costumes e da democracia? Seja sincero: se você fosse o dono do mundo, não teria um elevador só para você, que não parasse em nenhum andar, para não ter que ouvir gente que fala no celular, ri, assobia e até cantarola num espaço tão pequeno? Ah, como deve ser bom ser o chefão de alguma coisa: de uma empresa, de uma país, da máfia. Esses nunca esperam.
Quando eles saem o carro já chegou (o motorista foi avisado pelo celular), esperando com a porta aberta, e dependendo do tipo de poder, têm direito até a batedores abrindo o caminho no trânsito.
Por que um milionário compra um jatinho por milhões, se as primeiras classes são tão confortáveis? Porque sendo dono do seu próprio avião, é ele quem escolhe a hora em que quer decolar. Aliás, outra vantagem do poder: ter alguém que se lembra de carregar o celular, que sonho.
Quando um poderoso de verdade chega em qualquer lugar, alguém chega antes, para abrir as portas _ em todos os sentidos. Parece pouco? Pois é por coisas aparentemente tão simples que existem até os golpes de Estado. Mas a vida dos poderosos não é um mar de rosas, pois existem os jornalistas, querendo saber se eles estão bem ou mau humorados (e por que razão), e se não descobrem especulam e não dão sossego, dia e noite, querendo saber dos detalhes, e quanto mais íntimos esses detalhes, melhor. Mas eles gostam, e fazem qualquer papel para se agarrar ao tal do poder, seja ele de síndico ou de ministro.
Viver sem precisar esperar por nada nem por ninguém, não perder tempo, para ter mais tempo, todo o tempo do mundo, esse é o sonho supremo; e mais tempo para que? Para trabalhar mais, ganhar maisdinheiro e ter mais poder.
Simples, não?
PS – Se seu ano não foi bom, coragem, o próximo vai ser melhor; e se foi bom, vai ser melhor ainda, feliz 2012.